Em uma das primeiras páginas, do livro “Ensaio sobre as Construções Navais Indígenas do Brasil”, de autoria do Almirante Antônio Alves Câmara, publicado em 1888, existe a seguinte citação sobre um navio de guerra: “É o navio em geral considerado um símbolo de vitalidade; nasce, batiza-se, vive a vida pacífica na calma do fundeadouro seguro, ou navegando em mar bonançoso, ou a acidentada resistindo ao temporal no porto, ou no oceano, presta-se a representar todos os fatos em que figuram homens, que se notabilizam pelos feitos de toda ordem; é o teatro de cenas comoventes, como também heróicas, em que se salvam a pátria, a ilustram, enobrecem e glorificam, pelo que recebem distinções honoríficas, ou são eternamente guardados e conservados como um penhor de gratidão e objeto de admiração; e por fim morre como o homem, de velho, ou por moléstia, ou por acidente na tempestade, ou na guerra”. Um navio mercante não é menos importante para o país ao qual pertence.
Segundo a International Chamber of Shipping – ICS mais de 90% das transferências comerciais do mundo são feitas por vias marítimas, empregando mais de 50.000 mil navios, de diversos tipos, tripulados por mais de 1 milhão de marítimos, de diversas nacionalidades.
Sem os navios das marinhas mercantes, de todos os países que as possuem, a importação e exportação de mercadorias, na escala necessária para o mundo moderno, não seria possível.
O Brasil, devido a sua posição geográfica, é grande dependente do transporte marítimo para efetuar as suas trocas comerciais, com os outros países do mundo.
O transporte marítimo na pequena, média e grande cabotagem, também tem a mesma importância.
Assim, aqueles que são responsáveis pelos destinos do país, deveriam ter maior atenção para esse setor da economia, pois se leva muito tempo para se conquistar a independência nesse setor e pouco tempo para perdê-la.
O ciclo de vida de um navio é variado, dependendo da sua classificação, finalidade de uso, tempo em atividade, área em que opera, etc., podendo compreender as seguintes etapas:
Vê-se então que um navio mercante mesmo depois de terminado o seu tempo de vida útil, ainda pode ser utilizado em outras atividades, gerando riqueza.
Um país que abre mão de possuir uma marinha mercante verá escoar, para o exterior, grande parte dos recursos auferidos com a exportação de seus produtos e serviços, no pagamento de fretes, tanto na exportação quanto na importação.