Fonte: Portos e Navios
Importadores e exportadores do Rio de Janeiro manifestaram apoio à Confederação Nacional da Indústria (CNI), que publicou documento apontando a necessidade de redução do poder de mercado dos armadores estrangeiros no setor aquaviário brasileiro por meio de mais fiscalização do regulador. O grupo é representado pela Associação dos Usuários dos Portos do Rio de Janeiro (Usuport-RJ) que encaminhou, na última terça-feira (3), uma carta com considerações sobre o tema à presidência da CNI. No final de junho, representantes dos armadores estrangeiros haviam questionado esse mesmo estudo e fizeram ponderações à confederação sobre falta de fundamentação técnica.
Os usuários entendem que a representatividade da CNI no debate sobre a regulação dos armadores estrangeiros é benéfica ao setor e ao comércio exterior brasileiro. “A concentração de mercado, com consórcios entre armadores restringindo cada vez mais as opções dos usuários, é algo extremamente preocupante”, destacou na carta o presidente da Usuport-RJ, André de Seixas. A associação alega que os usuários devem cobrar regulação técnica e eficiente para evitar ter que pagar cada vez mais encargos. A entidade defende que os armadores estrangeiros precisam de registro na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
O Centro Nacional de Navegação (Centronave) manifestou “estranhamento” à recente reportagem do Jornal Valor Econômico sobre o estudo da CNI. Por carta, o Centronave considerou que houve “generalização superficial” e “sem sustentação técnica” quando mencionado que a movimentação de contêineres estaria sendo excessivamente onerosa para os exportadores em razão da alta concentração de mercado entre os armadores. O presidente do conselho de administração do Centronave, Julian Thomas, destacou no ofício que os fretes no transporte marítimo global têm estado abaixo dos que eram praticados há mais de uma década, em alguns casos mais de 50%.
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